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segunda-feira, 4 de abril de 2011

I left my soul there

Dias agitados do trabalho e da paura da vida. Noites calmas apesar do meu corpo cansadose da barulheira dos vizinhos. Eu tenho ouvido Morcheeba direto, o tempo todo, e a música ajuda a trazer à tona a enxurrada de pensamentos sobre a relaçao entre o que acontece no mundo, com a vida e as pessoas... pensamentos, relações e causas que eu reprimo refletir sobre enquanto trabalho na biblioteca. Não sofro de devaneios, porém tenho gosto em buscar entender toda essa rede de que enterliga tudo a todos em todos os momentos e em todas as horas e que, no entanto, nos mantém mais afastados de tudo [algo com uma teoria indie sobre o mundo]. E daí que são nessas horas do começo da noite que fica mais fácil pensar tudo e tentar planejar a vida, a roupa e a agenda para o dia seguinte.

E é claro que não foi da noite para o dia que eu percebi o quanto eu me maltrato sem necessidade. A perfeição não existe, eu repito a todo momento, embora continue dando murro em ponta de faca todos os dias. Mas eu prefiro acreditar que as pessoas são boas e que um dia tudo vai melhorar, inclusive eu.

Hoje eu só deixei os dedos brincarem no teclado. Não quis dizer nada, não. vou só colocar a música mais relaxante das galáxias [ou excitante].

The Sea, by Morcheeba

Flocking to the sea
Crowds of people wait for me
Sea gulls scavenge
Steal ice cream
Worries vanish
Within my dream

I left my soul there,
Down by the sea
I lost control here
Living free...



terça-feira, 23 de dezembro de 2008

"I feel the adrenaline movin' through my veins..."

Você se joga na balada com seus melhores amigos e se acaba (elegantemente, é claro pois você é phina) em todas as músicas. Seria a night perfeita se sua namorada estivesse ao seu lado e não viajando, mas você pensa que nem tudo é perfeito em todas as horas. Então você joga o cabelo de lado, bebe o energético e vai até o chão quando toca Circus, da Britney.

Dia seguinte você acorda linda e maravilhosa, apesar da ausência daquele corpo macio com que você partilha sua cama e seu coração. Seus olhos brilham e o céu se faz azul como não acontecia há muito tempo e isso tudo porque há momentos na vida em que um pouquinho de agito e saudade é fundamental e dá mais tempero nessa sopa de letrinhas que é a sua vida.


Pequeno parênteses, com diz a Emília: foi surreal encontrar 'pessoinhas' (3) da FAED lá. HAHA Adoray, amey.

sábado, 29 de março de 2008

Briguinha

E então ela bateu a porta e desceu correndo os 15 lances de escada do seu prédio.

O que você fez? Impediu-a de ir embora? Nada. Com o passar dos anos a gente aprende que a melhor coisa é deixar a raiva explodir e dar um tempo pra pessoinha se acalmar. Daí no 3º dia você a procura para uma conversa mais racional. Insisto que seja somente no 3º dia, visto que no 1º ela provavelmente só vai lhe encher a cara de bolachas; no 2º dia ela vai estar somente magoada, a raiva já passou e ficou só aquela perguntinha básica 'Por que ela fez isso comigo?'; então, no 3º ela já está mais calma e te responde fazendo biquinho no telefone que sim, que aceita um encontro para conversarem.


Essas briguinhas acontecem porque você, a fria-miserável-cretina trocou olhares e um rápido beijo com uma amiguinha dela no toalete da faculdade. Coisa sem importância, sabe? Tudo muito rápido, inocente. Então ela fica sabendo por não sei quem, que estava a fazer não sei o que com mais não sei quem no banheiro aquela hora e vai até o seu apartamento às 01:43 da manhã lhe puxar do seu delicioso precioso sonho para lhe xingar e dizer que não quer nada mais com você. E daí você, descabelada e aturdida, com os olhos doloridos da claridade da luz que ela acendeu pensa: ' não quer mais nada o quê?'. Ela toda em brasas, bufando e você com aquela cara de idiota sem saber o que dizer. Passa um minuto e ela alí, parada na sua frente, passando e repassando a mão pelos cabelos, te fuzilando com aqueles dois olhos cor de chumbo.


E num piscar de olhos seus ela se foi. Ficou só o barulho da porta batida, a sua cara de espantada e aquele formigamento na barriga de quando você sabe que agora fudeu, já que a vida te ensina que tudo que se vai nunca volta a ser da mesma forma.



É a vida como ela é.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Madrugada

Fiquei olhando a rua lá fora pensando no seu cabelo, na sua boca, na sua pele clara, nos seus olhos, no cheiro que teu corpo deve ter e tive vontade de sair no meio da rua, debaixo daquela chuva e te ligar. Eu sei que está acordada. Sei, pois teu corpo não te deixa dormir, e ele não sossega, não é mesmo? O meu também não, e ele procura por você.
Fosse outra madrugada eu enchia a cara de vinho barato e voltava pra cama. Mas hoje não. Hoje quero ouvir tua voz. Hoje eu quero estar consciente e sentir a madrugada me invadir. Vou enfiar meu dedo em mim até sentir meu corpo explodir. Com Bach tocando alto vou me perder entre tuas pernas e saborear teus sabores. Essa noite vou te trazer pra mim e espantar a tua tristeza. E a madrugada voyeur de sempre vai se sentar na primeira fila, vai apertar suas pernas cruzadas e gozar calada. Desta vez seremos nós a atração principal, desta vez serão nossos gemidos a perturbar. E nessa noite sem sono a madrugada virá lamber nossos dedos melados...

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Terça-feira de Carnaval

...O corpo frágil implora não ser tocado, mas as gélidas gotas de orvalho que umedecem a noite escura o tocam tão delicadamente que ela agora já aceita a comunhão com o prazer.
O ambiente aquecido penetra em sua caverna tão ofegante que provoca em sua matéria um estado de permeabilidade passiva.
As lentes embaçadas impedem minha visão e o êxtase bloqueia o tímpano. A gravidade se torna menos tensa no momento em que os corpos começam a flutuar. Eu desejo....
As digitais reconhecem a geografia do corpo que não me pertence, fino, macio e viajam em busca do desejado. A rigidez toma conta do corpo no momento em que o contato se estabelece, o meu alvo ferve, eu estou delirando.
A inocência se perde mediante tamanho desfrute e o superego dorme profundamente. O chão se enche de movimentos tal como um mar em fúria e as mãos não encontrando um cais seguro, encravam suas unhas no corpo molhado pelas ondas de excitação.
O roçar dos sujeitos simples os torna composto e já não conseguem abster-se do hífen que os une. O ambiente agora cego pelo negro adquire um ar de hormônio vívido. Movimentos suaves e famintos quebram a harmonia e o teto agora se encontra no chão.
Num número de tempo impar, o vulcão prepara-se para expelir a lava alva protéica, nunca amei tão apaixonada antes... E quando eis que ocorrido, a mente entra num súbito estado de morte temporária que logo se dispersa fazendo-nos ressuscitar e cair com um forte solavanco na realidade... Meu bem está comigo, possuo inteiramente...
E isso é o começo apenas. A vida agora se torna bela e simplória como antes do fato que acaba de se consumar. Só o que me resta é aprofundar-me na escuridão dos seus cabelos e dos sonhos e desejar não acordar tão breve...

O voo

N os conhecíamos há anos, mas a sinapse do desejo nasceu naquele encontro incidental num voo de volta para o Rio. Era fato que eu não ditava...