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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Entre um artigo e outro...

Ficar apaixonada entre uma pesquisa e outra nos periódicos da Capes é possur grande capacidade de abstração e talento bibliotecário. Chega a ser uma delícia e uma tortura ao mesmo tempo. ui.

domingo, 4 de outubro de 2009

Sapatinha, sapatona, sapatão

Well, quando eu resolvi assimir a "sapatice" muita gente virou a cara pra mim, principalmente aquelas que eu achava que nunca seriam capazes desse tipo de coisa, mas tudo bem. Não perdi 1 minuto sequer lamentando. Várias pessoinhas chegavam pra mim e diziam algo assim: "ah Karol, que pena, você sempre foi uma menina tão educada, certinha, estudiosa...". Acontece que eu sempre fui sapatinha, já nasci assim, então não iria deixar de ser nada do que era. A única mudança seria que eu não precisaria mais ser a rainha da mentira e nem teria que esconder certas escapolidas depois do colégio.


Enfim, quando cheguei a Floripa eu já era um pouquinho mais descolada, mas mesmo assim foi difícil. Floripa tem uma cultura, um habitus (Bourdieu aí hehehe) super diferente de Petrópolis e do Rio, então eu tinha um medinho de não ser bem aceita na faculdade. Bem, eu faço um curso onde a maioria da turma é composta por mulheres, então quando vazou que eu apreciava "gurias" logo esperei alguma reação (mesmo sabendo que Floripa estava bombando no Brasil como uma das grandes capitais gays). Mas pra minha surpresa (boa, claro) isso não aconteceu, pelo menos não senti e nem nunca percebi, pelo contrário, sinto-me super respeitada. Não sou a única gay na minha turma e por sinal conheci dois dos meus 3 melhores amigos nessa turma e dois deles são do bafo também (a outra amiga é hétero descoladíssima), então posso arriscar a dizer que nunca tive problemas na minha turma com a minha preferência/opção/orientação sexual.


Pena que não posso dizer a mesma coisa em relação ao meu local de trabalho. A todo momento ouço piadinhas enfadonhas sobre viado, sapatão e outros apelidinhos. Eu adoro a minha Chefinha, porém ela nem consegue pronunciar a palavra "homossexual" ou "gay" ou "lésbica". Ela faz um gestinho com a mão, dobrando o punho e deixando a mão frouxa para indicar que fulano é gay. Isso me dá nos nervos sabe, fico maluca no salto, mas mesmo assim fico calada. Ela é uma pessoa tão limitada que não enxerga que tem uma sapa trabalhando ao lado dela todos os dias. De qualquer forma, não é somente ela que reage assim, já vi muita gente lá mesmo fazendo pior. E olha que é um lugar onde todo mundo é politicamente correto e tudo e tal. Falsidade a parte, não vejo a hora de poder respirar e olhar uma mulherzinha requebrando num salto 15 sem ter medo de ser fuzilada. Ao contrário da faculdade, no meu trabalho eu não me sinto nem um pouco a vontade para abrir minha vida; eu falo o mínimo possível, mesmo às outras pessoas eu gosto, de modo eu sofro um pouco quando as ouço comentar que alguém é "sapatão". Não é pela palavra sabe, mesmo porque eu até a pronuncio com frequencia mas, neste caso, é a forma como ela é empregada por essas pessoas que me encomoda. Elas utilizam "sapatão" como referência a uma doença, como um mal a ser expurgado. E isso aí doi em mim certas horas...


Bem, mas eu disse tudo isso para mostrar um video que eu no blog Fanshas! e que achei interessante. O video é uma reportagem, feita aqui em Floripa, e a reporter pergunta aos transeuntes como eles reagiriam ao saber que o filho deles é HETEROSSEXUAL. Para grande espanto, as pessoas não sabem a diferença entre heterossexual e homossexual. Porém isso é só um detalhe, pois o que o video quer mostrar mesmo é que as pessoas são, na maioria, preconceituosas sim.





Então, como eu dizia antes, minha turma toda da facul sabe que sou sapa, mas outros colegas e alguns professores não sabem de nada (eu acho, néam); algumas pessoas devem ter descoberto por conta deste blog, mas isso não me encomoda não, até porque eu não quero passar a vida me escondendo e escondendo que eu tenho uma namorada linda, cheirosa, educada, perfeita, inteligente, chique, maravilhosa e que meu namoro/casamento é uma delícia e tão melhor do que tantos outros casamentos que eu vejo por aí. Ai, esses dias quase contei pra minha profe. orientadora que sou sapinha, mas desisti na última hora. Ela parece ser uma pessoa tão super, mas sei lá, tem horas que eu tenho medo. Affe.

A propósito, claro que hoje eu percebo uma abertura muito maior em relação aos homo e bi, o que não acontece com os transsexuais. E isso me leva a outra questão: como você reagiria se seu filho(a) se assumisse como travesti? O que você faria? Ah sim, eu também me pergunto o que eu faria, porque sou humana e trago comigo uma herança maldita de preconceitos.
Mas eu estou a mudar isso sim... Ah, e não me venha responder com base na Bíblia porque senão eu como o seus rins com ovos mexidos no café da manhã. humpf.

Beijo beijo, amados.





quinta-feira, 18 de junho de 2009

Censura de livros

"A onda de caça a obras literárias disponíveis em bibliotecas escolares chegou ao Paraná. O vereador Jair Brugnago (PSDB), de União da Vitória, na Região Sul do estado, retirou das prateleiras da biblioteca da Escola Estadual São Cristóvão, onde é diretor, duas obras literárias indicadas para alunos de ensino médio. Após considerar o conteúdo dos livros inadequado, Brugnago entrou com ação no Ministério Público do município para pedir que todos os exemplares de Amor à Brasileira – que reúne vários contos, dentre eles um de Dalton Trevisan – e Um Contrato com Deus – e Outras Histórias de Cortiço, do escritor americano Will Eisner, sejam retiradas de todas as escolas da cidade".


Agora me diz, povo amado, o que esse vereadorzinho de m#*da entende sobre livros? Qual é a competência dessa pessoa, que é 'representante do povo', representante dessa democracia fudidinha da silva, para decidir quais livros podem e quais não podem ser lidos? Ah, vai sefudê!!!

1º que ninguém tem o direito de dizer a outra pessoa o que ela não pode ler.

2º os materiais de biblioteca escolar passam por análise super criteriosa antes de ir para as estantes; tudo é bem analisado e selecionado pelo Programa Nacional de Bibliotecas Escolares, do MEC;

3º esse cara é um hipócrita desgraçado e não estamos mais na ditadura militar.

Dutante anos ouvi relatos sobre a censura aos livros, principalmente no auge da ditadura, quando implicavam até com livros de capa vermelha. E agora, depois de tanta luta e sofrimento vem o Sr. Vereador implicar com inofensivos livros escolares. Ah, por favor né.

Outra coisa. A função da escola não é formar robozinhos com gramática e tabuada decorada; é lugar de criar, discutir e informar (by Milanesi - especialmente para Prof. Emília hihi). Nesse sentido, o acervo literário de uma biblioteca escolar tem a função educativa e de lazer. A leitura ajuda a pensar, liberta a mente e isso independente do gênero literário. Eu, por exemplo, sou fã confessa de Sabrina, Bianca, Júlia e pornografia. Não que necessariamente eu tenha aprendido alguma coisa com essas leituras, mas eu me diverti, e só isso já basta. Ao passo que quando leio Hemingway aprendo sobre as minhas verdades. Tá, mas tudo isso só pra dizer que: não importa o que se lê, mas sim o que essa leitura faz com seu cérebro.

Final da novela: a esposa do vereadorzinho de m#*rda é a secretária de educação da cidade [olha só q coisa linda] e também não concorda com a permanência dos livros nas bibliotecas da cidade. Porém, o presidente do Conselho Estadual de Educação se mostrou contário a decisão do vereadorzinho e salientou a proibição de se retirar os materiais da biblioteca, explicando que para a retirada dos itens deve-se primeiro entrar com uma ação no Ministério Público e as obras só seriam retiradas se a Justiça autorizasse. Enquanto isso, os livros não estão nas bibliotecas e foram levados para a promotoria de justiça para serem analisados. Patifaria né. Mas isso é Brasil.

Para saber mais: http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/ensino/conteudo.phtml?tl=1&id=896993&tit=Censura-a-livros-chega-ao-Parana

O voo

N os conhecíamos há anos, mas a sinapse do desejo nasceu naquele encontro incidental num voo de volta para o Rio. Era fato que eu não ditava...