quarta-feira, 20 de junho de 2018

Blank_space

A dor de uma separação que estava previamente concluída não doi tanto quanto a traição da lealdade. 
E por todos esses anos eu pensando que o problema era eu que havia engordado ou amplificado a personalidade em alguns sentidos, ou até mesmo a mudança para Curitiba. Mas não, ela nunca foi minha. Acredito que um dia tivemos alguma coisa, que durante uns pares de anos eu tive sua atenção e carinho, mas agora eu sei que nunca tive o realmente importante: o amor. Esse foi de duas outras outras antes de mim. 

Agora ela está feliz com outra, fazendo tudo o que comigo não fazia. Curtindo o que ao meu lado parecida não gostar. Não quero seu mal, e entendo meus erros ao longo do relacionamento, mas precisava a consumação do término ter sido uma rasteira tão grande? Eu descobri pelas palavras dela para as outras que eu sempre fui insignificante, e como essa humilhação doeu - ainda doi. Não sou hipócrita para deixar de admitir que a cada post feliz dela é uma granada explodindo no meu peito. Deixei de seguir em todas as redes. Até o momento, eu não havia percebido o quanto as mídias sociais são capazes de decretar a vitória ou derrota dentro de mim. A vontade de sumir de tudo, mas a implicação dessa ação hoje esbarra no aspecto profissional também, infelizmente. Então, eu só deixei de segui-la para não espumar de raiva. 

Então eu só deixei de lado o modo Poliana-moça.
Então eu só deixei de lado a minha fé nas pessoas.
Então eu só deixei de lado a minha fé em mim. 

Mesmo terminada eu colocaria a mão no fogo por ela, porque ela sempre foi merecedora de tudo, apesar dos acontecimentos da vida... Hoje eu sei que confiar de novo em alguém pode não acontecer mais, ou levar todo o meu tempo. No momento, eu tento ser só uma carcaça, só mais uma pessoa vagando por aí cumprido determinações, prazos, deveres e obrigações, mas sem vontade alguma de continuar. 

Virei uma pessoa vazia. Quem sabe assim meu corpo também emagrece. Decepção também mata, mas geralmente escrevem suicídio na certidão de óbito. 


segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

2018

Sempre tanta coisa em tão pouco tempo. Entrei e saí dois novos anos e não cumpri nenhuma resolução. 2018 está aí e quem sabe eu consiga terminar alguma coisa.

É preliminar, mas aí vão as coisas que eu *QUERO* em 2018:

- meditar pelo menos 1 vez por dia - todas as manhãs;
- cozinhar decentemente pratinhos variados e saudáveis;
- manter uma alimentação equilibrada;
- cuidar melhor das finanças. pelo menos tentar resistir àquelas compras por impulso e desnecessárias;
- praticar exercícios físicos. ainda que eu não retorne para a academia, pelo menos uma caminhada básica. afinal, não sou ryca pra pagar academia e não ir;
- manter uma rotina fixa de estudos;
- cuidar melhor da minha saúde física, mental e aparência;
- manter poupança intocável para besteiras; e
- terminar as coisas que eu começo; e
- desgrudar do celular e aplicativos.


Coisas que eu *NÃO QUERO* em 2018:

- engordar mais;
- estressar por pouca coisa;
- levar trabalho pra casa;
- gastar com coisas desnecessárias;
- relacionamentos tóxicos;
- deixar de remoer problemas - eu quero viver mais leve;
- deixar a preguiça para as manhãs de sábado e domingo.


Quem sabe evitando os "não quero" seja mais fácil conseguir o que eu quero.
Wish me luck ;)


quarta-feira, 12 de abril de 2017

Sobre o tempo

Os anos passam, fico mais introspectiva e hesitante quando pensava que a esta altura já teria libertado certas amarras por dentro. A passagem do tempo traz aquela plácida sabedoria e conformidade dos mais pacientes e esfria o vulcão de incertezas tolas do passado não muito distante. 


O tempo como bom amigo permite, ainda que poucas, deliciosas horas de ócio e proporciona-me perceber uma infinidades de detalhes para os quais eu estava cega antes. Explico: hoje, eu "me vejo", exergo o que há em mim e meus limites, sei aquilo que quero e não quero, o que gosto e desgosto. Não que isso me livre dos perrengues da vida, mas ter trinta e poucos anos e me amar é libertador, mesmo estando bem acima do peso rs. O que vale é esse calorzinho bom no coração em querer e desejar o bem, a paz, a saúde, a liberdade. 


No meio desta calma, sempre tem algo que não muda, e claro que o vulcãozinho ainda acende com certas mulheres, porém hoje prefiro saborear um flerte sutil do que uma boa foda.


Saudações balzaquianas. 




terça-feira, 17 de novembro de 2015

Uma nuvenzinha de preocupação na cabeça e aquele aperto familiar no peito. Sensação angustiante validando as dúvidas, os remorsos e certos arrependimentos, confirmando aquilo já sabido de que é possível vislumbrar um pedacinho do futuro, porém nunca regressar ao passado. Mas ah, como é difícil acreditar naquela lanterninha piscando vermelho dentro da gente dizendo em alto e bom som dentro do cérebro "não vá, querida. Fique aí!". Parece sempre mais fácil abandonar a intuição (tão inteiramente correta) para satisfazer uma curiosidade desnecessária. A intuição é a gerência de todo o peso do passado a suplicar-nos por uma calma quase impossível de ser mantida. É como disse a Bishop "[...] Perdi duas cidades lindas / E um império que era meu, dois rios, e mais um continente. / Tenho saudade deles. Mas não é nada sério [...]

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Como é ruim ser apaixonada. O saldo, no fim das contas, é sempre negativo. E negativo significa ter o coração na mão o tempo todo.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Interstellar

Interstellar (2014), direção de Christopher Nolan

Semana passada assisti ao filme Interstellar e não foi surpresa ter adorado, considerando que meu gosto por sci-fi é antigo. Porém, o que mais chamou minha atenção foram os diálogos, que embora tratassem de aspectos científicos na maior parte do tempo, o grande tema tratado era a crença no amor, uma crença que nos leva a ter esperança na vida. Reproduzo abaixo um diálogo entre a Dra. Brand e Cooper:

"O amor não é algo que inventamos. É perceptível, poderoso, precisa significar algo. [...] talvez signifique algo mais que ainda não podemos compreender. Talvez seja alguma evidência ou artefato de dimensão superior que não notamos conscientemente. Amor é a única coisa capaz de transcender as dimensões de tempo e espaço. Talvez devêssemos confiar nisso, ainda que não compreendamos." 

E eu acredito que sim, é verdade. Só o amor sendo tão poderoso é capaz de nos fazer amar até quem odiamos, os que estão longe, e continuar a sentir falta daqueles que já se foram dessa vida... Como não crer que o amor é sempre o caminho?

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

"Era pra você ser só mais um. Desses rolinhos de duas, três, quatro noites com vodka, sexo e risada. Sabe? Pra que mais? Pra que mais depois que a gente já quebrou o coração?"
          O texto completo aqui

O voo

N os conhecíamos há anos, mas a sinapse do desejo nasceu naquele encontro incidental num voo de volta para o Rio. Era fato que eu não ditava...