quarta-feira, 12 de abril de 2017

Sobre o tempo

Os anos passam, fico mais introspectiva e hesitante quando pensava que a esta altura já teria libertado certas amarras por dentro. A passagem do tempo traz aquela plácida sabedoria e conformidade dos mais pacientes e esfria o vulcão de incertezas tolas do passado não muito distante. 


O tempo como bom amigo permite, ainda que poucas, deliciosas horas de ócio e proporciona-me perceber uma infinidades de detalhes para os quais eu estava cega antes. Explico: hoje, eu "me vejo", exergo o que há em mim e meus limites, sei aquilo que quero e não quero, o que gosto e desgosto. Não que isso me livre dos perrengues da vida, mas ter trinta e poucos anos e me amar é libertador, mesmo estando bem acima do peso rs. O que vale é esse calorzinho bom no coração em querer e desejar o bem, a paz, a saúde, a liberdade. 


No meio desta calma, sempre tem algo que não muda, e claro que o vulcãozinho ainda acende com certas mulheres, porém hoje prefiro saborear um flerte sutil do que uma boa foda.


Saudações balzaquianas. 




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