Meu pai sempre foi meu herói. Sempre o adorei, em todos os sentidos. Aquele jeito calmo, quieto, reservado, com uma elegância singela que sempre fazia meu coração inundar de amor. Ele me ensinou muitas coisas: montar a cavalo, andar de bicicleta, jogar vôlei, futebol, entender código Morse. Mostrou, com exemplos, que eu deveria ser honesta, justa e nunca perder a esperança. E mesmo com aquele jeitão calado, ele sempre foi meu companheiro, meu maior incentivador para todos os mil cursos/esportes e invenções estapafúrdias que eu começava e não terminava. Ele sempre foi meu tudo, minha alma gêmea. E agora, mesmo vivo, ele se foi. Partiu para ser outra pessoa completamente diferente daquela com a qual eu convivi por 25 anos. Hoje, eu não o reconheço mais.
Hoje nós discutimos por telefone. Meu papel agora não é mais o de filha, mas sim de negociadora dos conflitos entre ele, dinheiro, minha mãe e meu irmão. Eu estou muito triste. Dói muito saber que eu tenho que odiá-lo enquanto que o amo tanto.
2 comentários:
Poxa, Karol, que triste isso. Eu perdi meu pai faz um ano. Perdi de verdade, e ainda dói muito. Ele também era meu herói. Vou torcer pra você e seu velho se acertarem. Porque eu sou Pollyanna e acredito em finais felizes.
OFF: Nossa, tempão que eu não vinha aqui, mas você continua escrevendo de um jeito que eu adoro. Bjs, linda.
Ai Cris, vc sempre fofa... Doi tanto não contar mais com o meu pai... tenho saudades de tudo nele...
Obrigada, viu flor.
=*
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