terça-feira, 20 de abril de 2010

Gramados em Curitiba


Hoje após o alomoço no r.u. do politécnico da ufpr, meu colega de trabalho me chamou para deitar no gramado em frente ao restaurante. Objetivo: 'descansarmos' do almoço antes de voltar ao trabalho. A princípio, achei a proposta estranha, já que a hipótese de sujar minha blusinha polo rosa estava fora dos meus planos. Daí que eu aceitei sua proposta em partes, e sentei-me ao seu lado para olhar o movimento do campus.

O clima estava tão bom, céu azul, temperatura agradável, sombra fresca... Vitor já estava todo esticado no chão, com a mesma expressão de relaxamento dos outros estudantes deitados no gramado. Confesso que fiquei um bom tempo resistindo a ideia de me deitar, pois parecia constrangedor uma bibliotecária deitada no gramado feito uma estudante... mas logo cedi e cheia de cuidados deitei-me ao lado de Vitor. Ele de azul e eu de rosa. Ele gay, eu gay. Abri meus olhos para um céu azul e bonito como eu nem sabia que era. As poucas nuvens eram de um branco intenso e fofo, e a sensação era que eu quase podia toca-las daqui. A grama verdinha e seca pareceu-me o mais confortável dos colchões e durante alguns minutos quieta, passei a me senti r ótima. Senti uma leveza, uma paz de espírito tão grande e parecia também que todos os problemas haviam sumido. Eu olhava para as nuvens e via desenhos diversos: um poodle, um bule de café, um carro. Eu não lembrava o quanto era bom a sensação de deitar na terra e me soltar, relaxar, não pensar em nada por alguns momentos.

Logo em seguida, meu colega e eu retomamos nossas teorias sobre o comportamento das pessoas, mas a sensação de conforto e calmaria persistia. Foi realmente díficil deixar aquela mansidão para votar ao trabalho. Parece que eu e a cidade de Curitiba fizemos um acordo tácito sobre minha permanência nessa cidade. Acho que o ato de ficar estendida no gramando teve um saldo positivo: o começo de minha paz interior. E no final das contas, nem sujei minha roupa, mas ganhei um dia um pouco mais feliz.


E nesse dia feliz, ao final do expediente, fui à manicure, que pintou minhas unhas de um vermelho alegre chamado 'Madonna' (e eu não sei qual é a marca do esmalte). Saí de lá cantalorando Miles Away e pensando que realmente tenho que ter mais momentos no gramado da ufpr.

3 comentários:

daphs disse...

óun
tava na hora mesmo de tudo se resolver aí, né?
saudade. :~~

daniele disse...

O comentário acima é da Dani. =*

Paula Carina de Araújo disse...

Ai amiga...lembro-me de vc contando essa história! Aproveita mais o gramadinho e relaxa...esquece dos problemas!
Bjo

O voo

N os conhecíamos há anos, mas a sinapse do desejo nasceu naquele encontro incidental num voo de volta para o Rio. Era fato que eu não ditava...