segunda-feira, 5 de abril de 2010

E chove em Curitiba

Bem, surpreendente seria se estivesse céu azul brigadeiro. But, é final de segunda-feira, as pessoas caminham rápido, com a cabeça ligeramente baixa, a expressão contraída pelo medo do hálito gelado e hirto do outono curitibano. Eu gosto de observar essas as pessoas e tento adivinhar-lhes os pensamentos tentando assim esquecer dos meus agora tão confusos. Mais alguns passos e entro no torpe prédio em que resido no momento. Estranhos sons, pessoas, odores, paredes. No aguardo do elevador eu olho fixamente para a ponta dos meus pés, anotando no meu checklist mental que preciso comprar botas para o outono/inverno e achar outro apartamento mais rápido possível. Um estranho para ao meu lado e resmunga um boa noite vazio enquanto atropela minha entrada no elevador. Eu penso duas vezes se subo com ele ou espero o próximo, mas o medo de uma cara antipática é mais forte e entro no elevador, apertando o botão do meu andar quase com tristeza, pois eu queria ir para MINHA CASA, em Floripa e não para este semi-apartamento infame. Ai tô cansada. Quero colo.

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Charge para ilustrar meu dia:


3 comentários:

Naomi Conte disse...

e o rio se transforma num imenso rio também...

Paula Carina disse...

Lembro-me do dia 6, quando você descreveu a cena para mim e para a Su! Sei exatamente o que você está sentindo amiga...passei por isso e você sabe! Se te consola...é só uma fase...que vai passar com certeza! Bjos

Karol disse...

Ai Paulinha, eu sei q vai passar. Mas aff. Às vezes me sinto sem chão, principalmente quando chove.
Beijão, Paulinhaaa ^^

O voo

N os conhecíamos há anos, mas a sinapse do desejo nasceu naquele encontro incidental num voo de volta para o Rio. Era fato que eu não ditava...