sexta-feira, 3 de abril de 2009

Preciso de um HD cerebral maior

Ontem a professora de Serviço de Referência levou seus aluninhos queridos à uma visita técnica na Fundação CERTI. A visita em si não foi interessante, ao menos para mim que já conhecia a Fundação e os trabalhos por ela realizados. Mas a tarde valeu por um pequeno comentário da Professora Lani. Ela questinou a palestrante (bibliotecária da CERTI) no sentido de saber por que somente a tecnologia não resolve os problemas de gestão (ou administração?) da informação nas organizações. E daí a professora mesmo logo respondeu que: tecnologia (no sentido de softwares, máquinas, sistemas) é ferramenta; é o "como fazer" o trabalho e as ferramentas mudam muito rápido. Logo, o Bibliotecário ou qualquer outro profissional que trabalhe com informação deve saber "o que fazer" com a informação e não "como fazer", já que este como fazer representa a tecnologia e meios que serão utilizados para gerenciar informação.

1.000 pontos para a Professora Lani por esta colocação. Dei toda razão pra ela porque as tecnologias evoluem em velocidade que a gente não é capaz de acompanhar na maioria das vezes. E se a gente não entende como ocorrem o fluxo informacional na organização e nem como buscar, coletar, tratar e divulgar informação para os núcleos certos, então não adianta construir uma base de dados ou sistema de informação lindo, pois vai ser ineficaz. Daííí que isso veio a calhar certinho com a leitura obrigatória do livro Ecologia da Informação, do Davenport. O cara fala justamente isso, só que mais focado na Administração e de uma forma mais chatinha.

Isso me despertou para uma coisa que me agonia muito, que é justamente não conseguir acompanhar as inovações. Por exemplo, agora que eu consigo brincar bem feliz no Frontpage e tô adorando mexer no Dreamweaver aparece o Joomla, que a palestrante citou ontem, e o Drupal. O Drupal já estava na minha listinha de coisas para aprender, mas agora nem sei qual é a prioridade. Tudo bem que não sou tola e entendo que não dá para saber tudo, acontece que ontem me senti a única pessoa na fase da terra que não conhecia as maravilhas do Joomla. Aff

Depois de perder meia hora no tráfego cerebral com isso eu voltei a pensar no que a professora disse e comprovei que ela está correta. Pena que a realidade do mercado de trabalho não é assim. Lá fora o Bibliotecário deve saber "lavar, passar, cozinhar e fazer um sexo" (by Bibliotecária da Eletrosul) e eu digo mais até do que isso. O Bibliotecário deve ser o Superman ou a Mulher Maravilha. Claro que isso é mega utópico, porém é o que mais ouço nos quase 4 anos de faculdade. Longe de mim, pessoa chique-cheirosa-fina-educada ser uma profissional engessada que só sabe a santíssima trindade de Biblioteconomia (catalogação, classificação e indexação), todavia não dá para forçar a barra, né minha gente.

De qualquer forma vou arquivar essas caraminholas na pastinha mental "Dúvidas Biblio-existenciais" e dar prosseguimento ao meu TCC, depois de tomar um café com bastante açúcar, é claro.

3 comentários:

Wise-Boy disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Wise-Boy disse...

não é sexo é sim fazer um secho hauahuhuahau... sim as inovações crescem numa velocidade muito mais rápida do que nós, entao é respirar fundo e entender bem o que a gente quer realmente aprender, pois mais vale aprender uma coisa do que vagar em várias, mas é claro que sempre é bom ter uma noção do que está acontecendo em valta do globo. bj meu

Paula Carina de Araújo disse...

Seus posts são muito bons Karol. Adoro essas discussões, quanto parte da Lani então...só pode ser coisa boa.

Concordo que a tecnologia é a ferramenta para que possamos agilizar processos e disseminar mais facilmente a informação para os usuários. Lembro do Prof. Mauro falando dos três fatores importantes para a Gestão da Informação: Tecnologia, Informação e Pessoas. Uma não vive sem a outra e precisamos ter isso muito claro.

Os bibliotecários são os responsáveis diretos a tudo relacionado a informação, precisamos ao mesnos conhecer as tecnologias que trazem benefícios, precisamos saber interagir com profissionais de outras áreas para chegarmos aos objetivos desejados.

Hoje a multidisciplinaridade nos locais de trabalho é tudo, mas não é possível saber tudo, nossa profissão é por natureza interdisciplinar, acho que vem daí a nossa preocupação de sempre estar antenado para o que está acontecendo nas mais diversas áreas, entretando é preciso ter controle para não se perder entre tanta informação, o que seria um paradoxo já que somos profissionais da informação.

Bj

O voo

N os conhecíamos há anos, mas a sinapse do desejo nasceu naquele encontro incidental num voo de volta para o Rio. Era fato que eu não ditava...