domingo, 9 de novembro de 2008

40 graus abaixo de zero

A viagem para o Rio que prometia ser maravilhosa foi um total stress. Exceto por certos momentos engraçados e por rever minha família tudo saiu fora dos eixos. Aprendi de verdade (dessa vez pra sempre, espero) que as pessoas não mudam, por mais que você doe seu amor, sua paciência, seu tempo e outras coisas. A convivência de 7 dias deu para prever o futuro do resto de uma vida, e isso é realmente muito triste, já que você realmente gosta da criatura.


Como uma cigana branquela prevejo muitas fotos no orkut rotuladas com frases vazias, de sorrisos forçados [incluo as minhas]. A verdade é que eu estava irritada, triste e com vontade de voltar correndo pra casa e me trancafiar no abraço da minha namorada.


Como pessoa phina, fui caminhar pelo bairro essa manhã e lembrei de uma passagem do livro do Michael Cunningham. Voltei pra casa e corri pra estante, aqui está o trecho da página 57:



Clarissa fala para Richard> "Você não precisa
cativar nem entreter ninguém. Você não precisa representar. Essas pessoas
acreditam em você faz muito, muito tempo[...]. Eu tomo conta de
você".
Clarissa suspira> ela gostaria de pegá-lo pelos
ombros ossudos e sacudi-lo bem forte.




A verdade é que não se pode esperar muito das pessoas.



Referência:
CUNNINGHAM, Michael. As horas. São Paulo: Companhia das Letras, 2003. 179p.

Um comentário:

Anônimo disse...

É, não se pode esperar NADA das pessoas. =/
Quando vamos comer cachorro-quente?

O voo

N os conhecíamos há anos, mas a sinapse do desejo nasceu naquele encontro incidental num voo de volta para o Rio. Era fato que eu não ditava...