domingo, 3 de agosto de 2008

O som do fim

Bem, nos últimos 3 dias Requiem, do Mozart, é a única coisa que entra por meus ouvidos. Tá certo que eu adoro clássicos, mas uma marcha fúnebre tocando o tempo todo realmente não é um bom sinal.

A propósito, conheci Mozart quando o jornal O Globo lançou em cd's uma compilação de clássicos, que vinha junto com a assinatura do jornal; eu deveria ter uns 7 anos. Pois bem, papai ficava com a parte do jornal e eu com os cd's. E eis que num domingo Mozart e eu ficamos amigos íntimos, e não nos separamos mais. E assim aconteceu também com vários outros compositores.

E como toda boa composição sempre tem uma história interessante por trás, vou contar a do Requiem, que foi sua última compoisção.

Meu amigo Mozart começou a escrever o Requiem sob encomenda de um desconhecido, que exigiu o anonimato quando contratou o músico. Este pedido aconteceu apenas alguns meses antes da morte de Mozart, que estava muito doente e durante a composição desta sinfonia começou a ter pressentimentos de que estaria compondo o seu próprio requiem. Por causa disso, se tornou obcecado em escrever uma música suave, tranquilizante e confortante, que era a idéia que ele fazia da morte, segundo cartas a seu pai - e também uma sinfonia que fosse sua obra-prima, que fizesse jus a todas as suas composições anteriores. Ele morreu deixando a sinfonia quase pronta, e os trechos inacabados foram finalizados por um dos seus assistentes. É isso. Ele compôs sua própria música de morte. O.o


A parte que eu mais gosto é Dies Irae, mas tudo é tão perfeito que fico arrepiada com a música inteira. Ah sim, essa versão é com a regência do Bernstein e o coro da Bayerischen Rundfunks.

Quem quiser baixar é só clicar aqui.

Nenhum comentário:

O voo

N os conhecíamos há anos, mas a sinapse do desejo nasceu naquele encontro incidental num voo de volta para o Rio. Era fato que eu não ditava...