domingo, 3 de fevereiro de 2008

Ontem


Sensação suave no encontro dos nossos corpos famintos de amor. Eu a puxo e reviro, quero passear por suas costas e possuí-la por trás com todo o fogo dentro de mim.
O sangue queima no meu rosto encostado ao dela quando nos beijamos, e sua boca é tão cheia que não economizo em beijos ardentes apaixonados. Ela me vira e empurra para parede; rápida, levanta meu vestido e me penetra com seus dedos ágeis, explorando meu sexo com suas mãos seguras e delicadas.
Ela morde meu ombro quando entro em suas calças e a toco no ponto exato; sinto-a se derreter toda para mim. Ela está quente, me deseja, me beija e me aperta, arrancando gemidos que tento em vão prender.
Adoro quando ela me prende com seu corpo e todas as áreas tensas se conectam... Cada pedaço da sua pele me procura desesperada e os lábios me mordem e eu a beijo com loucura, na forma em que toda mulher deve ser beijada, com toda paixão reprimida por todas os dias e noites em que estivemos separadas.
Nos amamos em pé, encostadas numa sala escondida do aeroporto. Era nosso segundo encontro dentro de um mês. Eu não consegui esperar chegar em casa para tê-la em meus braços. Eu não pude conter o demônio dentro de mim, mesmo ao saber que em menos de cinco minutos estaríamos num local só nosso. Eu odiava estar longe dela, odiava não estar em casa a noite para recebê-la quando chegasse cansada do trabalho. Odiava tudo em minha vida que nos mantivesse afastadas.

O voo

N os conhecíamos há anos, mas a sinapse do desejo nasceu naquele encontro incidental num voo de volta para o Rio. Era fato que eu não ditava...