quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

"Quando a tarde toma a gente nos braços..."

Será que algum dia você percebeu que fui capaz de tudo só pra ter você ao meu lado?
Morro de ciúmes, tenho vontade de quebrar a casa quando você me esquece... E você sempre me esquece, na verdade sequer lembra...
Será que compreende de verdade que vou te adorar pelo resto dos meus dias...?


*****


Hoje, ao sair da biblioteca, tocou Malibu, do Hole, e na mesma hora veio você no coração. Imaginei se estaria ainda no trabalho ou já a caminho de casa. No que estaria pensando? Estaria levantando a sobrancelha esquerda e revirando os olhos em protesto aos vagarosos transeuntes a sua frente? Estaria xingando o calor absudo e maturando os restos daquele roteiro interminável na sua mente que nunca foi para o papel? Fico realizando a sua cara de mal humorada xingando o calor, ou a incompetência das pessoas que te cercam... Não sei a dimensão exata da falta que me faz poder ouvir e sentir o sarcasmo sempre presente em tuas falas. Eu que sempre me calei para te ouvir, bebendo seus vagos comentários como se fosses a própria divindade. Ah meu doce amor, que falta te olhar todos os dias. Que saudade louca essa que nunca cessa e aumenta inversamente a proporção que não te vejo. Agora toca Waltz for a night e eu queria dança-la com você, só olhando bem dentro dos seus olhos e tal como na música te provar que sim, "even tomorrow, in other arms, my heart will stay yours until I die", apesar da minha vida tumultuada, corrida...

Eu só queria dizer que preocupo-me com você, em todos os sentidos. Porém aquela história de que eu abriria mão do meu amor para que fosses feliz com outros é mentira, pois claro que te quero para mim, só para mim, mais até do que o ar, mais do que consigo definir. Taí, é minha confissão, meu bem. É só mais uma de tantas outras confissões unilaterais.

Hoje eu vou te dedicar essa aqui:


"Quando a tarde toma a gente nos braços
Sopra um vento que dissolve o cansaço
É o avesso do esforço que eu faço
Pra ser feliz"


nem sei se conhece, mas penso vai ser a única que vai sentir a música da mesma forma que eu, e daí sim, quem sabe, me compreender.


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