segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

E daí que a mulher veio me abraçar, super gentil e seu cabelo macio encobriu meu rosto e me perdi naquela cascata perfumada... Ela estava tão linda, tão doce naquele final de tarde que me deu até uma dor no peito. Um dor gostosa, sabe. Quando ela desfez o abraço e continuou segurando minhas mãos eu tive vontade de correr, de correr para longe daquela sensação inebriante.

É raro acontecer de alguém despertar os meus sentidos ao mesmo tempo, mas aconteceu com ela. E eu fiquei lá, com aquela cara de idiota sem saber o que fazer. O mais engraçado foi que ela ficou segurando minhas mãos por um bom tempo. E nem era para saber a cor do esmalte, mas ela não largou. Depois, quando anunciaram a partida do seu voo, ela soltou minhas mãos. Confesso que considerei seriamente não lavar as mãos nunca mais...

Minha ruina são as mulheres. Ai que pecadura, meu pai.

3 comentários:

PD disse...

Adoro textos como os seus. São como lufadas de vento.

Karol disse...

PD, é sempre uma honra receber vc por aqui.
Um beijo

cris disse...

mulher tem alguma coisa muito especial. só conhecendo homens e mulheres a fundo pra entender. bjs, kéroul

O voo

N os conhecíamos há anos, mas a sinapse do desejo nasceu naquele encontro incidental num voo de volta para o Rio. Era fato que eu não ditava...