quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

A new year's day

Well, consegui atravessar a virada do ano sozinha e sem derramar lágrimas. O choro veio depois, às 00:16 quando minha mãe me ligou e choramos no telefone. Realiza a cena: eu de meias azuis, e de pijama atendendo o telefone com a DeeDee mordendo minha perna. [Ah, não esqueci de colocar a calcinha branca].

Nunca gostei dessas festas porque eu nunca soube o que responder pras pessoas. " Ai querida, tudo de maravilhoso neste natal, neste novo ano, que sua vida seja repleta de paz, amor, alegrias, $$ e felicidade e blá-blá-blá-blá". Eu não sei dizer isso aí sem me sentir um tantinho falsa. Não que eu não deseje realmente todas essas coisas (e mais até) pras pessoinhas, porém acontece que todo mundo repete isso de uma forma que me deixa discrente. Então, quando alguém me deseja boas festas eu dou aquele sorrisinho de 2 reais e digo "ai, igualmente" e minha vontade é enterrar a minha cabeça no buraco mais próximo =/

Mas sabe, não é que as festas de natal e virada de ano que passei tenham sido ruins. Esse ano mesmo minha festa de natal foi super diferente e eu adorei tudo, exceto os mosquitos picando todas as partes expostas do meu corpicho gordinho e perfumado. É só que essa é uma época que me stressa muito; toda essa loucura de corre e compra presente, corre e limpa a casa, corre 1.144 km para visitar os pais e corre outros 465 km para visitar a família da namorada, e tenta resolver todos as pendência pra começar o ano zerada... é tanta correria que me deixa tonta, além de falida. Falida sim, porque 'vamo combiná' que não é fácil participar de sei-lá-quantos amigos secretos + presentinhos e lembranças para as pessoas queridas. Esse ano mesmo não dei presente nem para os meus pais e meu irmão. Mas pude dar pra minha cunhadinha uma blusa linda que eu tenho certeza que ela amou. Dar presentes me deixa muito feliz, satisfeita. Se eu tivesse muitos $$ sairia por aí dando presente pras pessoinhas que gosto [e são muitas].

Voltando às festas de natal, a melhor lembrança que guardo é de um natal com a minha tia Lene, irmã mais nova da minha mãe. Não recordo o ano, mas lembro da minha roupa, que era um macacão jeans claro, blusinha branca e tênis branco Reebok (presente do meu pai). Ela foi passar o natal conosco porque estava brigada com meu tio e mesmo assim foi maravilhoso, porque minha tia era minha heroína. Ela tinha uma moto que eu adorava e também sempre me levava para passear de carro com meu primo Thiago. Ela nos levava no Bob's e depois na praça da Liberdade... nossa, parece que isso foi a zilhões de anos atrás.

Então, esta foi minha primeira virada de ano sozinha e eu sobrevivi. Meus pensamentos e silêncios não me pertubam mais. Agora, eu não quero repetir a dose, pois é chato demais beber sozinha, você não tem com que rir e falar besteira. Quer dizer, eu até posso rir e falar besteira, no entanto acho que a DeeDee não vai nem se dignar a miar de volta.

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