terça-feira, 2 de setembro de 2008

Saudade

E como dizer da saudade das pessoas que a gente nem teve?

Fico a sentir falta da cumplicidade que não tivemos, dos passeios por museus que não visitamos, das peças que não assistimos e dos concertos a que não fomos.

Não estive ao seu lado em nenhum momento bom. Fiquei com sua face dura; aceitei as suas lágrimas, sua náusea, sua dor e seu pesar. E foi o outro quem ganhou seus sorrisos, o toque carinhoso no rosto, o aperto de mão, a direção do primeiro olhar durante a manhã, o beijo...

Eu fiquei com suas sandálias empoeiradas, com os guardanapos sujos e com as veias vazias de tristeza quando ela se foi no colo de um anjo. E agora, esse grande vazio aperta minha garganta, meu cérebro e esmaga o meu coração.

Que sou louca isso bem sei, mas agora também sei o quanto sou forte. Sim, muito forte. Porque é na força que eu faço as lágrimas voltarem para órbitas oculares e não estragar o rímel, e também é só na força que eu me contenho e aceito feliz todos os amores que ela tem.

Pra rimar com a dor: Tears dry on their own, da Amy Winehouse.

2 comentários:

Anônimo disse...

Affeeee. que ibope!!! Affe eu que merecia um ibope desses hauahuahau!!!

Anônimo disse...

te amo sua peidona!!! meus ibopes são ótimos!!! ^^

O voo

N os conhecíamos há anos, mas a sinapse do desejo nasceu naquele encontro incidental num voo de volta para o Rio. Era fato que eu não ditava...