"A onda de caça a obras literárias disponíveis em bibliotecas escolares chegou ao Paraná. O vereador Jair Brugnago (PSDB), de União da Vitória, na Região Sul do estado, retirou das prateleiras da biblioteca da Escola Estadual São Cristóvão, onde é diretor, duas obras literárias indicadas para alunos de ensino médio. Após considerar o conteúdo dos livros inadequado, Brugnago entrou com ação no Ministério Público do município para pedir que todos os exemplares de Amor à Brasileira – que reúne vários contos, dentre eles um de Dalton Trevisan – e Um Contrato com Deus – e Outras Histórias de Cortiço, do escritor americano Will Eisner, sejam retiradas de todas as escolas da cidade".
Agora me diz, povo amado, o que esse vereadorzinho de m#*da entende sobre livros? Qual é a competência dessa pessoa, que é 'representante do povo', representante dessa democracia fudidinha da silva, para decidir quais livros podem e quais não podem ser lidos? Ah, vai sefudê!!!
1º que ninguém tem o direito de dizer a outra pessoa o que ela não pode ler.
2º os materiais de biblioteca escolar passam por análise super criteriosa antes de ir para as estantes; tudo é bem analisado e selecionado pelo Programa Nacional de Bibliotecas Escolares, do MEC;
3º esse cara é um hipócrita desgraçado e não estamos mais na ditadura militar.
Dutante anos ouvi relatos sobre a censura aos livros, principalmente no auge da ditadura, quando implicavam até com livros de capa vermelha. E agora, depois de tanta luta e sofrimento vem o Sr. Vereador implicar com inofensivos livros escolares. Ah, por favor né.
Outra coisa. A função da escola não é formar robozinhos com gramática e tabuada decorada; é lugar de criar, discutir e informar (by Milanesi - especialmente para Prof. Emília hihi). Nesse sentido, o acervo literário de uma biblioteca escolar tem a função educativa e de lazer. A leitura ajuda a pensar, liberta a mente e isso independente do gênero literário. Eu, por exemplo, sou fã confessa de Sabrina, Bianca, Júlia e pornografia. Não que necessariamente eu tenha aprendido alguma coisa com essas leituras, mas eu me diverti, e só isso já basta. Ao passo que quando leio Hemingway aprendo sobre as minhas verdades. Tá, mas tudo isso só pra dizer que: não importa o que se lê, mas sim o que essa leitura faz com seu cérebro.
Final da novela: a esposa do vereadorzinho de m#*rda é a secretária de educação da cidade [olha só q coisa linda] e também não concorda com a permanência dos livros nas bibliotecas da cidade. Porém, o presidente do Conselho Estadual de Educação se mostrou contário a decisão do vereadorzinho e salientou a proibição de se retirar os materiais da biblioteca, explicando que para a retirada dos itens deve-se primeiro entrar com uma ação no Ministério Público e as obras só seriam retiradas se a Justiça autorizasse. Enquanto isso, os livros não estão nas bibliotecas e foram levados para a promotoria de justiça para serem analisados. Patifaria né. Mas isso é Brasil.
Para saber mais: http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/ensino/conteudo.phtml?tl=1&id=896993&tit=Censura-a-livros-chega-ao-Parana