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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Como é ruim ser apaixonada. O saldo, no fim das contas, é sempre negativo. E negativo significa ter o coração na mão o tempo todo.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

E como não poderia ser...

E como não poderia ser diferente, às 23:11h a campainha tocou e era você na minha porta. Perfeita como sempre, vestindo seu melhor sorriso de deboche-desejo-vitória. Seu cabelo estava mais comprido e que droga, você estava mais linda do que nunca. 

Sem tirar os olhos dos meus suas mãos seguraram-me pela cintura e pela nuca, empurrando-me levamente para trás e assim, sem saber, destruindo meus elaborados planos de rejeição ao amor desvairado e doce que faríamos no tapete da sala dalí a alguns minutos. 

Seu modo tão senhoril  de me tocar, de falar dentro do meu ouvido enquanto me fazíamos amor era algo contra o qual eu nunca poderia resistir. E enquanto minha boca passeava pelo seu colo e pela barriga lisa eu questionava até que ponto eu realmente queria afastar-me de você. E enquanto minha boca descia entre suas coxas macias para mais que depressa voltar aos seus lábios, vasculhei meu coração e vi que poderia sim engolir o orgulho, a vergonha e mandar tudo para o inferno em troca de ter você plenamente dentro de mim, para mim.

Música da tarde: Paradise [Coldplay]

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

So this is goodbye

Quando seu número apareceu no display do celular eu já previa que logo mais a noite você bateria na minha porta. E assim seria a segunda vez dentro do mesmo mesmo mês em que eu engoliria o orgulho e passaria por cima de qualquer auto-respeito que ainda restasse em mim para satisfazer meu corpo na insana necessidade do seu desgraçadamente perfeito. Fico com raiva e ao mesmo tempo orgulhosa de ser possuída por você, de poder possuí-la daquela forma louca e devastadora. E por mais que você me leve aos céus quando seu corpo toca o meu, saiba que também me leva ao inferno quanto sai da minha cama e volta para a suas eternas reuniões e intermináveis viagens. Não entendo porque ainda me sujeito aos seus desmandos; ou então porque não consigo ter o mínimo de domínio sobre meus instintos e resistir a sua perversa sedução... No começo da semana planejo em detalhes minha vingança e escolho as palavras exatas para recusar seus joguinhos. Resoluta e de queixo erguido, ensaio a medida certa do olhar que vou lançar quando eu disser que não quero vê-la nunca mais e que eu nunca fui apaixonada por você. Enquanto coloco o batom, juro sinceramente que vou esquecer dos seus lábios, da sua língua macia e que a partir de hoje, nunca mais, que você me ouça bem, vai conseguir me tocar e deixar-me louca com os beijos que só você consegue dar. A partir de hoje, meu bem, você pode voltar para sua vida sem graça e deixar-me em paz - eu digo já sentindo os calafrios que essa recusa provoca em mim. E colocando a bolsa no braço jogo a franja de lado e sigo reta, redondamente enganada a respeito do real desfecho desta noite. Mas eu gosto de pensar que posso dispensar você a hora em que eu quiser, e isso talvez por saber que a terei em meus braços de uma maneira ou de outra, e quem sabe a vida inteira.

Música da tarde:  Porcelain [Moby]

O voo

N os conhecíamos há anos, mas a sinapse do desejo nasceu naquele encontro incidental num voo de volta para o Rio. Era fato que eu não ditava...