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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Separação

Eu não achei que a separação dos meus pais fosse doer tanto. Pensei que com o tempo eu conseguiria me acostumar com isso, pois é tão comum filhos com pais separados. Mas sabe, é agoniante ouvir minha mãe chorando por ter sido abandonada e não poder fazer nada, a não ser oferecer um consolo vago no qual nem eu acredito. É terrível ler seus longos emails repletos de dor e saudade do meu pai. É apavorante imaginar o medo que ela sente de ficar só. Ela está com 50 anos, tem medo do futuro. Eu ajudo o máximo que eu posso, mas eu também estou com muito medo do futuro. Medo de que ela fique uma mulher amarga, triste para sempre. Sabe aquelas mulheres mazeladas de rosto sofrido que a gente vê pelas ruas e se pergunta o que aconteceu com elas? Então, temo que a minha mãe fique igual.

Mas sabe, a mistura de saudade-ódio-amor do meu pai está latejando forte. Ele poderia ter se separado da mãe, mas não me deixado órfã. Eu não fiz nada pra ele me tratar assim! Não entendo porque ele bate o telefone na minha cara, não entendo porque não me quer mais. Sempre achei que ele me amasse acima de qualquer coisa. Ele é meu pai, droga. Nasci dele, vivi do amor dele. Não entendo porque também não me quer mais.

Agora a noite precisei falar com ele, e a piranha atendeu o telefone dizendo assim: "aqui é a esposa dele". Esposa... piranha, vadia, vagabunda, pistoleira, filha de uma puta. Tenho certeza que é ela que não deixa ele falar comigo ou com meu irmão.

Eu não deveria escrever nada disso aqui, afinal o blog é público, qualquer um pode ler... mas é que eu não tenho com quem desabafar. Não tenho. Escrever ajuda-me a parar de chorar. E muito embora alguém possa achar que é um texto piegas, eu digo que não é. É só a minha dor, descrita na minha gramática torta. Enfim, a minha namo me ajudou e aguentou as pontas comigo até um certo ponto. Não é justo ter que faze-la ouvir mais e mais e mais. Ela quase me deixou por conta dessa história toda. Só que teu tenho tanta dor aqui dentro de mim... Eu juro que estou tentando ser forte e não pensar no assunto o tempo todo. Porém, quando eu acho que consegui resolver tudo, logo em seguida chega um caminhão de problemas e lá tenho eu que ligar para o meu pai e brigar com ele. Depois que eu descarrego a raiva através do telefone, não sobra nada dentro de mim. Nada. E eu te juro cara, se pudesse, eu dormiria e não acordava mais. A vida é boa sim, eu gosto de viver, mas quando a dor é pesada demais, como é que a gente faz para aguentar as pontas?

quinta-feira, 27 de maio de 2010

I'm sick

1.Eu sou tão medíocre que até merecia ganhar um prêmio por isso.


2. A propósito, eu não sei se acho que essa minha vida com raízes é interessante. Eu queria ter a opção de largar tudo e ir correndo sem olhar para trás. Recomeçar, sabe?


3. Mas eu sou mal-agradecida. Reconheço. É pecado querer sempre mais da vida? Não me refiro a dinheiro, porém a emoções. Ainda me falta uma coisa, uma pontinha que algo que me faça completa de verdade.


4. E agora esse resfriado terrível. Vontade de atochar lencinhos de papel no buraco do nariz e aproveitar para explodir junto.


5. Não, as coisas não andam bem. EU preciso de mais tempo, eu preciso dar mais tempo [para certas pessoas], preciso sumir dentro tempo.


6. E agora eu sinto muita saudade de casa e das pessoas. Vou arrancar meu coração.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Da falta de paciência

Sempre fui uma pessoa calma, ponderada. Nunca fui 'banana', mas também não era tão inconformada. Eis que hoje não tenho paciência com nada e respiro fundo várias vezes contando até dez de forma a não surtar com as pessoas, os objetos e as situações.

Ultimamente qualquer coisa me atinge. É um motorista de ônibus que arranca enquanto estou a subir no latão, é a ameaça da greve do ônibus, é a atendente da padaria que não dá o troco certo, é o advogado babão que berra comigo na biblioteca, são os estudantes retardados riscam os livros que não são deles, é a conta do condomínio que sobe sem nenhum aviso, é a burrice do atendente da livraria, é a grosseria da atendente do café, é a falta de educação dos chefes, a vizinha do 3º andar que trepa berrando na janela, é a calça jeans preferida que rasga, é o uniforme chique e caríssimo do trabalho para comprar, é a incompetência dos meus professores, o saldo bancário desproporcional a quantidade de trabalho, é ver o sofrimento de pessoas que eu gosto e não poder fazer nada... Eu poderia passar o resto da semana escrevendo e ainda não terminaria a lista!

Por qualquer que seja a razão eu ando tão tensa que qualquer palavrinha atravessada faz com os músculos fiquem todos retessados e isso dá uma dor alucinante no estômago. É como se eu concentrasse todas as minhas forças para bater em alguém, tipo o Van Dame no filme o Grande Dragão Branco 2. Na verdade, a vontade é essa mesmo, bater. Bater com força. Socar forte. Chutar fundo. Quando essas ondas de estresse me assombram eu fecho os olhos, respiro fundo, penso penso penso e começo a morder os cantinhos da boca. Eu me seguro toda pra não descer o barraco, pra não machucar ninguém com as minhas palavras. Semana passada mesmo, durante a viagem para Curitiba, me segurei diversas vezes pra não explodir (e olha que era com razão ¬¬). Meus ombros estão duros como de um boxeador e nem dormindo eu consigo relaxar. Eu que nunca tive olheiras agora estou como um panda. Aff

Será que eu nunca foi tão paciente quanto pensava que fosse? Será que o Pai Eterno está me testando ao extremo? Será que eu sou o homem das cavernas por baixo de uma pele macia e perfumada (hahaha, a loka)? Ou será que realmente tá tudo virado mesmo e as pessoas são ignorantes?

Tenho medo de não conseguir recuperar a calma.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Brrrr

Hoje não tô pra brincadeira. A coisa tá feia, mermão...

*****

Preciso muuuuuito comer um alfajor da Turma da Mônica e não acho mais para compar.
Snif

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Sobre a verdade

Diferente do que deveria ser, deixo a máscara do medo me sufocar e dessa forma não percebo que me engano a todo momento e que esse engano é a maior causa da minha dor de estômago. Daí achei uma citação do Nietzsche enquanto indexava um artigo que caiu como uma luva.



A verdade

O ser humano não aguenta saber todas as verdades que existem no universo.
Por isso ele prefere ter Fé, pois assim ele não precisa saber o que é a verdade, por não suportá-la em sua própria estupidez humana. É cômodo... E a maior inimiga da verdade não é a mentira, pois esta se dilui com o tempo e a pesquisa lógica. A maior inimiga da verdade é a convicção, pois esta é a mãe da alienação fundamentada no dogmas.


Pior é que é tudo verdade...

domingo, 9 de novembro de 2008

40 graus abaixo de zero

A viagem para o Rio que prometia ser maravilhosa foi um total stress. Exceto por certos momentos engraçados e por rever minha família tudo saiu fora dos eixos. Aprendi de verdade (dessa vez pra sempre, espero) que as pessoas não mudam, por mais que você doe seu amor, sua paciência, seu tempo e outras coisas. A convivência de 7 dias deu para prever o futuro do resto de uma vida, e isso é realmente muito triste, já que você realmente gosta da criatura.


Como uma cigana branquela prevejo muitas fotos no orkut rotuladas com frases vazias, de sorrisos forçados [incluo as minhas]. A verdade é que eu estava irritada, triste e com vontade de voltar correndo pra casa e me trancafiar no abraço da minha namorada.


Como pessoa phina, fui caminhar pelo bairro essa manhã e lembrei de uma passagem do livro do Michael Cunningham. Voltei pra casa e corri pra estante, aqui está o trecho da página 57:



Clarissa fala para Richard> "Você não precisa
cativar nem entreter ninguém. Você não precisa representar. Essas pessoas
acreditam em você faz muito, muito tempo[...]. Eu tomo conta de
você".
Clarissa suspira> ela gostaria de pegá-lo pelos
ombros ossudos e sacudi-lo bem forte.




A verdade é que não se pode esperar muito das pessoas.



Referência:
CUNNINGHAM, Michael. As horas. São Paulo: Companhia das Letras, 2003. 179p.

sábado, 6 de setembro de 2008

Do resguardo

Porque o sábado é um dia para o resguardo. Resguardo do corpo, do coração; é também dia de limpeza da alma, dos pensamentos. Tudo bem que eu não sigo a risca os mandamentos, mas também, quem consegue seguir com toda essa loucura diária?

Meus pensamentos estão desordenados. Eu queria escrever dela, sobre ela, falar da saudade, do meu carinho, do meu amor. Já escrevi e reescrevi, não consigo. Se fosse no papel já se ia um caderninho inteiro. Mas tá... vou me recolher porque tem uma coruja piando na janela, e ainda nem é madrugada.

Aliás, anda difícil até pra dormir...

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Biritinhas

Eta semaninha mais punk. Não quero falar de nada.
Pra relaxar, vai aí uma receitinha pra fazer em casa mesmo.



Gin + suco de framboesa + morangos cortadinhos. Não abuse do gin - ou vodka, caso prefira - e deixe os morangos marinarem no álcool antes de pôr o suco. Delicious!



;*

terça-feira, 29 de abril de 2008

I see red



E então revolto-me e o desejo de quebrar tudo ao redor torna-se violenta realidade em teclado, mouse, um pote de canetas e uma xícara de café derramada pelo piso.








E tudo isso no balcão da Biblioteca...



O voo

N os conhecíamos há anos, mas a sinapse do desejo nasceu naquele encontro incidental num voo de volta para o Rio. Era fato que eu não ditava...