Eu não achei que a separação dos meus pais fosse doer tanto. Pensei que com o tempo eu conseguiria me acostumar com isso, pois é tão comum filhos com pais separados. Mas sabe, é agoniante ouvir minha mãe chorando por ter sido abandonada e não poder fazer nada, a não ser oferecer um consolo vago no qual nem eu acredito. É terrível ler seus longos emails repletos de dor e saudade do meu pai. É apavorante imaginar o medo que ela sente de ficar só. Ela está com 50 anos, tem medo do futuro. Eu ajudo o máximo que eu posso, mas eu também estou com muito medo do futuro. Medo de que ela fique uma mulher amarga, triste para sempre. Sabe aquelas mulheres mazeladas de rosto sofrido que a gente vê pelas ruas e se pergunta o que aconteceu com elas? Então, temo que a minha mãe fique igual.
Mas sabe, a mistura de saudade-ódio-amor do meu pai está latejando forte. Ele poderia ter se separado da mãe, mas não me deixado órfã. Eu não fiz nada pra ele me tratar assim! Não entendo porque ele bate o telefone na minha cara, não entendo porque não me quer mais. Sempre achei que ele me amasse acima de qualquer coisa. Ele é meu pai, droga. Nasci dele, vivi do amor dele. Não entendo porque também não me quer mais.
Agora a noite precisei falar com ele, e a piranha atendeu o telefone dizendo assim: "aqui é a esposa dele". Esposa... piranha, vadia, vagabunda, pistoleira, filha de uma puta. Tenho certeza que é ela que não deixa ele falar comigo ou com meu irmão.
Eu não deveria escrever nada disso aqui, afinal o blog é público, qualquer um pode ler... mas é que eu não tenho com quem desabafar. Não tenho. Escrever ajuda-me a parar de chorar. E muito embora alguém possa achar que é um texto piegas, eu digo que não é. É só a minha dor, descrita na minha gramática torta. Enfim, a minha namo me ajudou e aguentou as pontas comigo até um certo ponto. Não é justo ter que faze-la ouvir mais e mais e mais. Ela quase me deixou por conta dessa história toda. Só que teu tenho tanta dor aqui dentro de mim... Eu juro que estou tentando ser forte e não pensar no assunto o tempo todo. Porém, quando eu acho que consegui resolver tudo, logo em seguida chega um caminhão de problemas e lá tenho eu que ligar para o meu pai e brigar com ele. Depois que eu descarrego a raiva através do telefone, não sobra nada dentro de mim. Nada. E eu te juro cara, se pudesse, eu dormiria e não acordava mais. A vida é boa sim, eu gosto de viver, mas quando a dor é pesada demais, como é que a gente faz para aguentar as pontas?
Mas sabe, a mistura de saudade-ódio-amor do meu pai está latejando forte. Ele poderia ter se separado da mãe, mas não me deixado órfã. Eu não fiz nada pra ele me tratar assim! Não entendo porque ele bate o telefone na minha cara, não entendo porque não me quer mais. Sempre achei que ele me amasse acima de qualquer coisa. Ele é meu pai, droga. Nasci dele, vivi do amor dele. Não entendo porque também não me quer mais.
Agora a noite precisei falar com ele, e a piranha atendeu o telefone dizendo assim: "aqui é a esposa dele". Esposa... piranha, vadia, vagabunda, pistoleira, filha de uma puta. Tenho certeza que é ela que não deixa ele falar comigo ou com meu irmão.
Eu não deveria escrever nada disso aqui, afinal o blog é público, qualquer um pode ler... mas é que eu não tenho com quem desabafar. Não tenho. Escrever ajuda-me a parar de chorar. E muito embora alguém possa achar que é um texto piegas, eu digo que não é. É só a minha dor, descrita na minha gramática torta. Enfim, a minha namo me ajudou e aguentou as pontas comigo até um certo ponto. Não é justo ter que faze-la ouvir mais e mais e mais. Ela quase me deixou por conta dessa história toda. Só que teu tenho tanta dor aqui dentro de mim... Eu juro que estou tentando ser forte e não pensar no assunto o tempo todo. Porém, quando eu acho que consegui resolver tudo, logo em seguida chega um caminhão de problemas e lá tenho eu que ligar para o meu pai e brigar com ele. Depois que eu descarrego a raiva através do telefone, não sobra nada dentro de mim. Nada. E eu te juro cara, se pudesse, eu dormiria e não acordava mais. A vida é boa sim, eu gosto de viver, mas quando a dor é pesada demais, como é que a gente faz para aguentar as pontas?