terça-feira, 17 de novembro de 2015

Uma nuvenzinha de preocupação na cabeça e aquele aperto familiar no peito. Sensação angustiante validando as dúvidas, os remorsos e certos arrependimentos, confirmando aquilo já sabido de que é possível vislumbrar um pedacinho do futuro, porém nunca regressar ao passado. Mas ah, como é difícil acreditar naquela lanterninha piscando vermelho dentro da gente dizendo em alto e bom som dentro do cérebro "não vá, querida. Fique aí!". Parece sempre mais fácil abandonar a intuição (tão inteiramente correta) para satisfazer uma curiosidade desnecessária. A intuição é a gerência de todo o peso do passado a suplicar-nos por uma calma quase impossível de ser mantida. É como disse a Bishop "[...] Perdi duas cidades lindas / E um império que era meu, dois rios, e mais um continente. / Tenho saudade deles. Mas não é nada sério [...]

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O voo

N os conhecíamos há anos, mas a sinapse do desejo nasceu naquele encontro incidental num voo de volta para o Rio. Era fato que eu não ditava...